Aos poucos e bons. Sempre.

Aos poucos e bons. Sempre.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

 
Ei menina do xote delicioso. Do café-com-leite gelado e do queijo derretido pela manhã. Do cereal pra substituir o pão. Do pôr-do-sol da janela do carro.
Da unha sem comer depois de velha.
Da Clarice de domingo à tarde na piscina a contra gosto.
Da Elis cantarolada em alto e bom som no carro.
Do trabalho feito homem.
Do inglês ruim.
Do sorriso largo pra quem quer que seja.
Da Gal pra tomar banho.
Do Fat Boy Slim pra balada, pro after hours e pro gato.
Ei menina do coração generoso.
Da dó pelo moleque no farol hoje.
Do anel de lua e estrela.
Que tem saudade daquilo que não viveu.
Ei menina que descobriu que sua casa é uma mochila.
Uma mala.
Que saudades deu hoje de um sonho que tive. Era cor-de-rosa.
Era Paris.
Que saudades que me deu hoje.
Pensei em você.
Sorri.
Vamos viajar de novo quando juntas? - a mochila perguntou.
Logo menos - respondi.
Tenho uma vontade louca de viver que não cabe em mim.
Não cabe em meu passaporte, não cabe em minha mochila.
Daquelas que já aprendi a colocar nas prioridades:
Contas do mês - ok
Casa, escola do moleque - ok.
Próxima parada: Disney.
Here we go! :)
Ei menina do xote delicioso, vamos viajar!
Precisamos de férias!
"Eu penso em você, fico com saudades ...."
Quem é você?
Sou do destino, sou do acaso.
 
 
 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A caixa de ferramenta.

 
 
Do clichê das coisas que eu sei. Das coisas e tantas de que não disse. Das coisas e tantas que não fiz. Da resiliência adquirida aos trancos e barrancos. Da janela do carro vendo o pôr-do-sol lindo (dane-se onde vai esse acento e esse hífen, cresci escrevendo em letra de forma com caneta Bic em bloquinho de papel, estou atrasada na modernidade até da língua portuguesa). Desse entardecer amarelado-quase-alaranjado regado nos mais belos ipês floridos espalhados silenciosamente pelo concreto cinza-oco dessa cidade que amo. Que respiro. Que sorrio e pisco todos os dias pela manhã. Ou pela tarde, depende do meu fuso horário.
Das coisas mais belas e singelas. Dessas de comer um japa no sofá. Da maleta de ferramentas pra consertar qualquer defeito. Deve ter chave de fenda. Tem que ter. Porque tem uns parafusos soltos que andam tentando se apertar sozinhos. Vira e mexe rodam sozinhos. Não encaixa. Não dá liga. Não dá aquele click  esperado e quase inaudível - como se você comprasse todas as pilhas Duracell do mercado, e mesmo assim, o positivo não encaixa no negativo. O brinquedo não funciona. Agoniza lá. É bonito o ursinho com o coração pulsante. Mas ele não bate. Não tem tambor.
Sei lá onde vende o manual.
A música que gosto é velha. Mas também sou ou estou. Questão de espírito.
Atualmente é primavera pela cidade.
Hoje me peguei olhando para um ipê rosa pela janela do carro. Era lindo. Queria te ligar pra dizer que sorri.
Sorri por você. Pela suas ferramentas. Queria te contar, quase sem fôlego, que você chegou pra alegrar meu dia.
Vem com suas ferramentas.
Já tenho o diagnóstico do conserto:
Me faça quase todos os dias querer dizer: BOM DIA pro português da padaria e mandar flores ao delegado.
Traga a chave de fenda que te mostro logo menos onde estão meus parafusos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Carta ao amor não encontrado.

(Para ver)

 
Te espero chegar como uma criança esperançosa que olha a sua mãe. De um olhar quase sereno e secreto da mais plenitude da confiança ingênua que posso ter. Como uma viagem dos sonhos sem par. Te espero pra te contar como foi tudo isso antes de ter você aparecer. E o quanto pode ser se você estiver comigo segurando a minha mão. Te espero como uma simples sexta-feira e você dormir em casa pra comermos um pastel de feira juntos no sábado. Te espero pra contar os meus segredos e pra falar que a sua melhor frase é: "Vai dar tudo certo" e me aconchegar no seu peito antes de dormir. Te espero com um sorriso no rosto, umas batalhas vencidas e um colo de sofá. Te espero pra te contar que realizei quase todos os meus pequenos grandes sonhos. Te espero pra dizer que estou exatamente onde sempre quis estar, mas que não posso olhar um pôr-do-sol ou um arco-íris e agradecer de olhos fechados verdadeiramente por tanto se você não está em meus menores pensamentos. Te espero com a agonia de saber que você pode estar por aí achando que não exista ninguém esperando por você. Assim como estou. Te espero, sem cartas, sem telefonemas e sem ninguém me avisar. Não faço a minha escravidão de estar só. Sou feliz, mas se você estivesse aqui, esse vento que sopra seria bem melhor. Assim, devagar. Transbordando e ventilando a minha porta aberta, meu incenso que perfuma a casa vazia. Meu amor, eu ainda te espero chegar. E quando isso acontecer, saiba:
 "Que quando o sol sair tudo vai brilhar pra mim".




sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sobre o diálogo de amor moderno.

Na mesa do bar estavam sentados o Tinder,  App Lulu (em alma), Facebook, Instagran e o Whatsapp que chegou logo quando os dois riscos verdes apontaram na tela.
"Alguém chamou o Skype?" - perguntou o garçom.
"Ele disse que quando tiver wi fi ele vem." - respondeu o Face.
"Tive que tirar o meu última vez visto da minha identidade porque já estava dando confusão" - comentou o Whatsapp.
"E eu, menino?" - indagou Lulu. Morri em menos de dois meses porque o machismo me matou.
"Vão beber o que hoje galera?" - perguntou o garçom animado com a lua linda que estava iluminando a mesa.
"Calma, vou escolher aqui um estou me sentindo em dúvida pra postar e esperar o que meus amigos sugerem" - falou o Face.
"Isso. E enquanto isso vamos tirar um #selfie de todos" - Instagran colocou a câmera em punho e esticou o braço encolhendo a barriga.
Skype chegou. Sentou na mesa:
"Tem wi fi aqui?"
"Não. Respondeu o Iphone, mas vou abrir meu acesso pessoal pra você. Mando por ele". -apontando para o Whatsaap.
"Bom, como vocês não decidiram, trouxe duas doses de conversas ao vivo, duas outras de cheiro de pescoço e outras duas de beijo de verdade sem smile com coração na boca"- disse o garçom.
"Vocês viram como a lua está linda hoje?" - perguntou o garçom. Um cara de barba e sorridente.
"Não" - respondeu o coro.
Tinder que até então estava quieto, soltou na conversa:
"Hoje tive uma discussão muito séria. Briguei com o açogueiro. Me disseram que se clicar o botão pra direita eu podia estar vendendo carne sem sentimentos. Disse que não. Que a aparência era a porta de entrada, mas que depois os erros gramaticais escolheriam como seleção natural" - lamentou.
Duas mesas depois estavam um casal com celular desligado. Ele beijava a mão dela. E ela sorria.
"O que vocês vão beber hoje?" - perguntou o garçom.
E ele respondeu prontamente:
"Um vinho Merlot. Pode escolher a safra. A lua está tão linda hoje que vamos comemorar"
O garçom barbudo sorriu.
Eles se beijaram, cheiraram os pescoços e não tinha internet.
Amém.
 
 

sábado, 31 de maio de 2014

Gabriel, gatos e vira-latas.

https://www.youtube.com/watch?v=UWyGm9PcM3wGabriel estava sentando do meu lado no vôo hoje. Era um cara nem baixo nem alto. Tinha uma barba grandinha que quando coçava fazia um barulho de homem. Vestia uma Hering branca encardida e um tênis Puma. Me olhou com cara de "não tô nem aí". Sentei. Ajeitei a bolsa. Apertei o cinto. Minutos de fecharem a porta e tal. O piloto muito gentil diz seu blá-blá-blá quando:
" Será que temos que avisá-lo pra não atropelar nenhum bicho na decolagem?" - fazendo referência ao trágico acidente que nos prendeu mais um dia em Manaus.
Ele sorriu.
" Acho bom, não é? Não quero mais ficar aqui." - ele.
"Nem eu" - prontamente respondi.
" Você estava aqui ontem também?"
"Sim. Cheguei ao hotel depois de umas 6 horas"
"Qual hotel você ficou?" - ele.
E assim se foram 5 horas de vôo.
Gabriel me fez sorrir durante todo o vôo. Conversamos sobre X-Men, Poderoso Chefão, Kill Bill, Corinthians, Copa, política, Big Brother, lanche ruim, comida predileta, esporte que não praticamos, jogamos Candy Crush, falamos do livro que mais gostamos, de profissão, de viagens que nos deixam fora do ciclo de amizades, de onde morávamos, de quais viagens gostaríamos de fazer até morrer, de ter 33 anos e preferir ficar em casa no sofá. Falei do meu vício em Skittles e de como pararíamos naquelas séries do Discovery Home Health se continuássemos dessa maneira.
Gargalhamos juntos nessas poucas horas a ponto de incomodar a passageira do lado.
Nos 45 minutos do segundo tempo, já nos acréscimos, com o avião em SP, me peguei a conversar com a garotinha que estava um pouco atrás.
"Sua bota cor-de-rosa é linda!" - eu.
" Você está vestida de pirata!" - ela.
Eu vestia uma camisa com estampa de âncora.
Rimos. - eu e ela.
"Você gosta de crianças?" - ele.
"Sim. Tenho um filho de 6 anos." - eu.
O mundo de Gabriel caiu.
"Não vi aliança. Você é casada?" - como quem pede uma resposta suplicando piedade.
"Não." - eu.
Se eu pudesse parar o tempo naquele milésimos de segundos que ele me olhou eu descreveria como uma gota que dissolve no deserto do Saara sem deixar vestígio.
Sorriu amarelo.
Não conversamos mais.
Gabriel quase que saiu correndo na esteira ao pegar a mala.
Li dia desses nessas besteiras de internet que uma mulher que tem um gato é aquela que está pronta pra ter um casamento porque, evidentemente, não é qualquer mulher entender e amar um animal como dono de si mesmo.
Pois bem.
Ninguém passa na fila antes de nascer e diz:
"Quero uma bunda gostosa, um sorriso bonito, conversar feito homem e ser mãe solteira".
Eu tenho um gato vira-lata. E o trato feito príncipe.
E nem te conto, Gabriel, mas abro minha cerveja na boca.

terça-feira, 27 de maio de 2014

"Mães que trabalham feito homens"

Da nossa música que você pede pra colocar no rádio.
" Põe aquela do tempo que eu era criança". - você diz lá do banco de trás devidamente seguro em sua cadeirinha.
E tenho dizer que você com 6 anos pedir por Ney Matogrosso é uma vitória. Silenciosa só da gente no carro. Mas é. - NOTA DA AUTORA. https://www.youtube.com/watch?v=tUECSWyQuD0
Esses dias, viajando a trabalho, me peguei sentada de perna de índio, descalça, descabelada e com rímel vencido esperando em um aeroporto meu embarque. Era noite. Olhei em volta: 10 homens e 2 mulheres. Eu e uma quarentona linda, toda vestida de negócios com seu terninho. "Quase confundi com um deles" - pensei.
Todos com seus respectivos computadores, Iphones e Tablets.
Telefones tocaram.
" Não, não chego pro jantar. Vou de taxi."
" O meu terno de amanhã é aquele preto que você sabe qual é. Não, não tenho horário amanhã".
"Não sei. Decide você".
Foram 3 respostas que escutei dos celulares dos homens.
Suspirei. Pensei no uniforme, na chuva, na meia limpa, na costureira pra fantasia da festa de sábado, nos Legos que não comprei e nas figurinhas repetidas que tenho que trocar.
Ameacei pegar o celular pra ligar, mesmo sabendo que você já estava dormindo nessas horas.
Toca o celular dela (da quarentona linda vestida de negócios com seu terninho).
"Oi, meu filho. Não, a mamãe não vai conseguir chegar pro jantar."
" Fez a lição?"
"Tomou banho?"
"Comeu o quê hoje?"
" Te amo, tomo café com você amanhã".
Sorri.
Da corda esticada que existe entre homens e mulheres, entre trabalho, decisões e dinheiro.
A cobrança é grande.
As respostas são bem distintas e as perguntas também.
E sempre serão.
Liguei. Mas você estava dormindo.
Cheguei às 2 da manhã.
No dia seguinte, deitei do seu lado sem você saber quando você adormeceu, respirei o seu cheiro e te aconcheguei na coberta.
E pedi quase que em uma oração pra que você tenha certeza que sempre estarei contigo. Não importa onde esteja.
Quando amanheceu, dei um jeito na meia, falei com a costureira da fantasia, te matriculei na aula de música, trocamos as figurinhas no shopping e  escutamos Ney Matogrosso enquanto tomávamos o seu café predileto: pão na chapa e Nesquik.
Esse é nosso poema - título da nossa música.





sábado, 10 de maio de 2014

Gerânio - a flor sem maquiagem.

 
 
 
Gerânio é uma flor esquisita. Essa música se deu em parceria com Nando Reis que fez dançar as palavras em forma de melodia originada de uma carta de uma "prima-irmã" da Marisa Monte. Pois bem, essa carta foi escrita descrevendo a Marisa como ela é. E demorou dez anos pra ela deixar a vergonha de lado e colocar a sua bela voz a cantar o que é ela.
Depois de ler uma enxurrada de críticas sobre supostas famosas tirarem fotos sem maquiagem, revelando o que sabemos: somos machistas. A sociedade critica tudo. Enfim.
Esse texto se criou quando li algo assim:

Na semana passada, Meryl Streep esteve em uma Universidade de Indiana para receber uma homenagem e respondeu a três perguntas feitas pela plateia. Uma delas, sobre quais conselhos ela daria às jovens de hoje. Olhem só o que a veterana dos tapetes vermelhos disse: “Para as mulheres jovens, eu diria que não se preocupem tanto com o seu peso. Meninas gastam tempo demais pensando sobre isso, e há coisas melhores que merecem sua dedicação. Em geral, também aconselho a não se desfazer do que te faz diferente ou estranho. Essa é a sua força. Todo mundo tenta se encaixar em uma espécie de molde, mas as pessoas que mais parecem diferentes são os que realmente se destacam. Eu costumava odiar meu nariz. Agora, não mais. Está tudo bem, entende?" Sim, entendemos e compartilhamos a ideia. ‪#‎merylstreep‬ ‪#‎diva‬ ‪#‎conselho
Ainda me preocupo com o meu peso. Mas gasto meu tempo comendo meu chocolate predileto ou a minha sobremesa de chocolate com calda quente depois de uma almoço delicioso. Um expresso seguido de água com gás e um cigarro contemplando o restaurante e as pessoas.  Não me desfaço mais do que me faz estranha. Gosto de pessoas. Não importam quem elas sejam. Mulheres, homens, ricos ou pobres. Aliás, pobres de ideias me fazem boçejar. E aqueles com ideias contrárias as minhas me intrigam e me enriquecem. Sem paciência pra partido político pré-definido-sou-contra-o-meu-país. Não discuto política. Nem Copa.  Nem opção de quem alguém deve ou não beijar na novela. Não me encaixo em nenhuma caixa. Faço do meu nariz de batata e bochecha rosada motivo de piada. Quanto a usar maquiagem em fotos. Eu só digo que: você só conhece uma mulher cheirando a nuca dela e não a base que ela usa. E pra conhecer os homens, se eles te fazem sorrir.
Aos machistas de plantão: vocês realmente não sabem de nada.
Mulheres bastam por si só. Homens: agreguem e não critiquem.
Quanto a solteirice, a melhor dela é ser por opção.
 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Mães e crias: são todas iguais. Feliz dia delas.

Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=NSx_agu5NEk (porque tinha que ser a filha dela no momento mais parecido - gostando ou não - com a sua mãe).
Parabéns pra você que tem decorado feito autor de novela o diálogo da Pepa Pig. Parabéns pra você que levou no dentista e tomou bronca do pediatra. Parabéns pra você que passou vergonha na reunião da escola. E orgulho silencioso na outra.  Pra você que levanta da cadeira de praia e grita: " Mollleeeeqqquuuueee, vvveeemmm pro rasinho agggooorrraaaaa!". Pra você que luta com a faixa de judô só pelo fato de ter que amarrá-la milimetricamente  com "Você está fazendo errado" - de fundo e dirige por três mercados durante a noite pra achar o maldito "burrifador de água de 100 ml" para o trabalho de artes. Pra você que fala sobre a economia africana e crianças abandonadas com a esperança de alguém comer mais do que três colheradas da comida. Parabéns pra você que dorme pensando na mãe perfeita-cheirosa-bem-arrumada-e-alegre na festa de aniversário da amiga da escola enquanto você só pensa que horas que a tortura vai acabar. Parabéns às mães de meninas que compram Polly. E ainda tem que achar que zumbis das Monsters High são normais, ou melhor, que caixão são camas de bonecas. E pasmem. A mãe deixa um rim (de tão caro) na Hi Happy pra isso. Parabéns pra vocês que assistem de perto alguém descobrir um mundo novo. "Olha mãe, ali tá escrito CASA e aqui tá escrito BONÉ". Parabéns pra você que veste meia, amarra tênis e escova os dentes enquanto faz escova, pinta a unha e faz miojo. Parabéns pra você que muda o final da história e diz que o lobo é esperto mesmo e essa tal de Chapeuzinho Vermelho é uma boba mesmo pensando que a vida é cheia de lobos. E que nem tudo termina em final feliz. Parabéns pra você que acha que coisas como essas eles têm que ouvir da mãe. " É. A vida é dura mesmo, mas estou aqui". Parabéns pra você que tem peças de Legos perdidos na bolsa. E shampoos caros derramados no box. "Pra fazer espuma". Parabéns pra você que acorda no meio da noite porque tem 20 kilos na sua cabeça e você não consegue respirar. Parabéns pra você que vira o mês devendo porque tem escola, inglês, natação e música pra pagar. Que sabe todos os sabores da Ana Maria e todos os iogurtes sabores chicletes do planeta. Parabéns pra você que, assim como eu e provavelmente meu pai ou minha mãe - sente um prazer esquisito e bom em arrumar a mala da escola pro dia de amanhã. Aponta lápis, arruma estojo, faz o lanche e escreve na agenda. Parabéns mães. Pela cueca do Batman pendurada no varal, pela calcinha das Princesas e por tudo aquilo que fazemos silenciosamente sem eles saberem antes de se tornarem advogados, médicos, engenheiros, bailarinas ou até presidentes. As crias são nossas. Os segredos são iguais. As particularidades são só nossas. E sempre serão. Amém. Que as mães sejam eternas.
 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Sobre o amor, castelos e groselhas.

Nota da autora: história fictícia. Faça seu castelo.
Para ouvir:

Ele nem sabe o quanto eu gosto de andar de mãos dadas. Gosto do jeito que ele anda e segura minha mão que fica bem pequena entre a sua. Segura meio pra cima da sua cintura, me levando entre seus passos.

Gosto quando ele dirige e coloca sua mão na minha perna. A cumplicidade que permanece densa no ar é a mesma que quando andamos juntos. Como uma leve brisa meio fria de uma tarde de outono. Conforta e agrada.

Choro de rir das besteiras dele. Lágrimas de alegria que podem em um segundo se transformarem em tristeza e desespero ao pensar em perdê-lo novamente.

Faz-me sorrir feito criança e em um instante fecho os olhos bem apertados agradecendo aquela música de fundo que sempre ouço quando isso acontece. Se parassem esse milésimo, creio que teria cheiro e som de inocência, como a chuva que bate de leve na janela e acaba por ninar um sono breve.

Adoro quando ele se aconchega na cama e levanta o braço oferecendo seu colo. Acolhe-me e protege. Se houvesse a possibilidade ver as de cores desse quadro do dia, seria azul alaranjado quase vermelho rosado, como um pôr-do-sol de inverno.

Demoro pra pegar no sono sentindo sua respiração na minha nuca. É quente. Quase morno. Levanto com as mãos meu cabelo no travesseiro com a desculpa de que é pra ele respirar melhor. Mas no fundo, é pra sentir sua expiração que exala a oração que gostaria de ouvir todos os dias antes de adormecer.

Suas mãos acompanham algumas de suas falas, se movimentam de um jeito só dele à medida que ele se expressa como se fizessem parte de uma de suas frases. É tão dele essa mania que se torna sutil quase que despercebido para os menos atentos em cada detalhe que o torna um homem tão único.

Amo aquele cheiro que ele tem. Aquele que fica atrás da sua orelha, entre sua barba, no seu travesseiro e na gola da camiseta. quele que fica atrmpre estamos, lhe que ele possui bido pra aqueles que npressa, de um jeito sSe tivesse a quilômetros de distância como quase sempre estamos, o reconheceria com uma inspiração rápida em qualquer um desses lugares. É engraçado sentir o cheiro e lembrar da pessoa. Lembro-me de alguns momentos vividos com cheiros. Recordo os detalhes e guardo quase todos os momentos com ele dessa maneira.

Arrumo-me esperando que ele elogie. “Você está linda”. – ele fala. Sempre a mesma frase. Entretanto, com a singularidade de cada roupa, maquiagem ou jeito de arrumar o cabelo.

Certo dia, ele me perguntou por quanto tempo eu achava que duraria uma paixão, ou a nossa paixão que fosse. Demorei um tempo pra responder, queria achar a melhor das melhores colocações ou frases de efeito com fundo em amor eterno e tudo mais. Nem lembro direito o que respondi. Lembro-me apenas de dizer que seria sempre apaixonada por ele.

Hoje, escrevendo esse texto, eu diria que fôlego não há de faltar. Eterno é muito distante e difícil de sentir os cheiros ou ver as cores. O que há de especial mesmo é ter o que escrever com uns simples minutos de cada dia que compõem nosso breve cotidiano, quando ele vem lá de longe e vou buscá-lo ansiosa para ver aquele sorriso e já pronta pra viver todos esses detalhes mais uma vez. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Mais de 30 e estar sozinha.

 
 
Hoje li 12 coisas sugeridas que deveriam serem feitas sozinhas. Você por você mesmo. E completei as 12 já há um tempo. Tempo presente inclusive. São elas:
1) Sair pra comer sozinha: Coleciono o "Comer e beber" - da Veja. Dobro as páginas que me interessam de restaurante. Me planejo e vou. Problema: a comida é muita e você tem que ter o bom senso e a educação de pedir o que sobrou. Já tomei café da manhã com o melhor Taco de SP da janta de ontem.
2) Sair pra tomar um drink: tomei três deles e saí com o telefone do Barman pra ligar depois. Se liguei ou não, não vem ao caso.
3) Viajar sozinha: Já. E tenho as melhores histórias sobre quem conheci e fiz amizade. E hoje fico na casa delas quando preciso e solicito.
4) Ficar em um hostel: fiz um dos melhores amigos em Salvador numa escada de um hostel e numa conversa despretenciosa depois de muita bebedeira. Tinha preconceito de dividir quarto e banheiro até entender que, assim como eu, muitas pessoas viajam sozinhas e nem por isso roubam sua carteira e sua maquiagem.
5) Ver um filme: esse é meu predileto. Poderoso Chefão e Kill Bill de pijama no final de semana todo. Nota: De pijama, comendo brigadeiro de colher e tomando vinho. E China in Box delivery.
6) Ir a show: Miranda Kassin no Studio SP. Sozinha, dancei, tomei meu Gin Tônica e dancei mais. Conheci um produtor e uma estilista. Que conversamos até hoje. Ela me dá dicas de cabelo.
7) Compras: as melhores sozinha. Três óculos de grau pra combinar com as roupas. Um café no intervalo e observar as pessoas. Três camisas pro trabalho pra combinar com os óculos e nenhum biquini.
8) Ir a praia: bate e volta silencioso no Guarujá. Com direito a comer camarão de almoço e pôr-do-sol de janta.
9) Exercício: skate no porta-mala e rumo a marquise do Ibirapuera. Ou só ver porque machucou o pulso. Caminhar no clube dando bom dia as velhinhas no melhor som de Metallica na play list.
10) Ir a uma festa: de casamento das amigas. 
11) Ir a um museu: exposição do David Bowie e sair cantarolando Heroes. Baixar no celular e virar toque de despertador.
12) Cozinhar em casa: café-da-manhã de domingo com ovo mexido com meu segredinho, frutas da feira compradas às 6 horas da manhã. Lazanha de almoço. Vinho aberto e Elis do CD da Folha de SP de fundo.
O difícil nem é fazer coisas sozinhas. O difícil mesmo é você acostumar com elas.
E quando você se acostuma, cresce. Já tem mais de 30.
Entende que tudo ficará bem, só depende de você.
E que se isso você fez por você mesma, consegue  imaginar o quão poderá ser  feliz quando encontrar um pé pra encostar no seu ao dormir.
Se permitir estar sozinha. E não ter solidão.
Façam isso por vocês.


 
 

 
 

 
 


 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Azul e outras cores.




Dentre alguns vícios adquiridos e aprendidos, o de assistir filme tem estado comigo cada vez mais presente. Lá de madrugada tomando meu drink e sentada no sofá da sala só com a meia luz da tela da TV.
Muito se falou sobre "as meninas do azul".
Antes de selecionar o filme, tenho que confessar que leio sinopse, leio as críticas e gosto de um jornal carioca chamado O Globo que classifica os filmes com uns bonequinhos. Se ele está sentado quer dizer que não vale a pena. Ele pode aplaudir sentado, o que quer dizer que "ok". Ou ele pode aplaudir de pé agradou um burguês crítico. 
Eu não tenho a mínima ideia do que esse tal bonequinho achou desse filme. As críticas da Veja me fazem bocejar porque são escritas de uma forma tão culta, tão cool, que você tem que ser formada em história da arte e entender sobre sociologia avançada.
Enfim.
Fui ver qual era dessas meninas.
Primeiro que esse filme é francês. E qualquer menina francesa já é linda só pelo fato de ser.
Adele é apaixonante pela seu cabelo preso despretenciosamente, pela sua comilança de boca aberta e pela lindeza só por existir.
Sua amada é linda pelos dentes separados, pelo olhar, pelo sorriso de olhos fechados e, claro, por andar por aí de cabelo azul.  Daquelas que dizem tudo sem dizer nada. Só sorri.
Afinal, entendi que o que incomodou mesmo todo o mundo foi o fato de ter cenas de sexo explícito entre duas mulheres - meninas.
E parabéns ao diretor por trazer isso de forma real.
Um casal homem - mulher podem fazer sexo em um filme e perguntarão no máximo se foi feito por dublês. 
A história das duas é a mesma que vivemos em qualquer casal. Seja ele qual for em contrução de gênero, número de participantes e grau de identidade.
Opções, atitudes, carências, medos e receios.
O amor existe de forma plena em qualquer situação.
"Crescemos rápido em pouco tempo" - diz uma fala do filme.
E não?
Tenho aqui o singelo dever de ventilar que:
"Qualquer forma de amor vale a pena. Qualquer forma de amor valerá"
Adele teve seu primeiro amor em uma garota de cabelo azul quando tinha 17 anos.
Com cerca de 22, já tinha vivido o que muitos casais passam 50 anos juntos e não sentem o que ela sentiu em cada lágrima e em cada passo dado.
Aquelas pessoas que foram ao cinema e tiveram vergonha do que foi visto, só tenho a dizer:
O amor existe, seja ele qual for e pra quem.
PS: fiquei sabendo que as atrizes pararam de falar com o diretor porque ele era severo demais nas gravações e "perseguia" demasiadamente com a câmera as meninas.
Seja qual for a sua cor.
Azul, rosa, preto, vermelho.
Minha leitura é:
Faça ser sempre a mais quente - como a tradução equivocada do título do filme.
 
 
 
 
 


segunda-feira, 17 de março de 2014

Presente sem embrulho: Show do Nando Reis


 
 
Eu conheci o Nando Reis verdadeiramente no ano de 2007. E ele de forma sublime - daquela que só a música faz você bater o coração e cantar baixinho -  regou um tempo bom com seus Infernais naquela época. Lembro-me que assisti o show e saí de lá regada de amor e o fogo ardia sem explicação como falava trecho de músicas cantadas naquele dia. A Letra N acompanhou um tempo meu rádio do carro. E estranho mesmo se eu não me apaixonasse por um All Star azul. E acreditei do fundo do meu coração que o mundo é bom como o Sebastião. Vi o Segundo Sol chegar tentando realinhar as órbitas dos planetas. Sem sucesso, mas vi todo o efeito borboleta capaz de um sentimento bom e emanado pro Universo. Depois veio a minha cor, minha cara e me perguntou se o se tinha lugar pra ele - Espadódea. E eu respondi que não sei mesmo se o mundo é bom. Não sei mesmo se esse mundo está são, mas, de fato - como já diria Nando - meu mundo não teria razão se você não existisse. E na véspera de completar 7 anos desde quando me envolvi, cresci e ouvi Nando bem no auge do dia seguinte que seria meu dia, meu aniversário, tive o presente de estar presente em mais um show. Sete anos é um número cabalístico. Se cumprem fases. Se fecham objetivos. Se resolvem - para o bem e/ou para o mal - e ouvimos eu e você sozinhos. O Relicário - lugar destinado a guardar e proteger coisas. Eu não sei o que acontecendo - como a música questiona, mas o mundo está ao contrário e ninguém nos avisou. E chorei por uns segundos atrás do meu óculos e você e ninguém viu. Trocaria a eternidade sempre por esse seu sorriso que quando me abraça me faz sentir exatamente onde deveria estar. Guardando meu amor por você e te amando de Janeiro a Janeiro. Pelo zunido das minhas asas, vou voando por mais um ano e serei a sua chuva pra você secar. Porque ninguém, meu moleque, vai dormir nosso sonho. Porque o quero mesmo de desejo é ficar solto - Bailão do Ruivão, Muito Estranho. Coisas que pareceriam óbvias até para uma criança ainda quando Por Onde Andei diante da eternidade do seu amor. Feliz dia meu e seu. E não quero mais mentir, usar espinhos que só causam dor e nem enxergo mais o inferno que me atraiu. Encontramos um lugar do que eu sou. E de olhos abertos, você me esquenta o sol. Vamos a pé e devagar. Só sei dizer que enquanto você me olha e me acha, eu me digo de presente de aniversário que: " Eu vou cuidar do seu jantar, do céu e do mar e de você e de mim." - Cegos do Castelo. E cuidarei muito bem do nosso jardim. Viva aos 33 anos!


 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sobre o lobo e a ovelha.

 
Andei por aí por três dias sem maquiagem. Minhas olheiras anunciaram o que eu temia: eu me preocupo com as pessoas. E elas com a minha aparência. Foi um surto individual e silencioso. Perco noites e perco sono ainda pensando em como essa coisa toda de amadurecer é complicado. Ainda choro no banheiro quando tenho um dia ruim. Acreditar nas pessoas e no bem é uma groselha cada vez mais escassa hoje em dia. Deve ser a velhice. Que veio no melhor entendimento de procurar no dicionário a palavra: senescência. E lhes digo, engordo, peco e envelheço. Não necessariamente nessa ordem.
Créditos para:
 
 
Seu corpo aos 30 anos - com meus comentários em negrito.
As conseqüências concretas do processo de envelhecimento
Olheiras
Como a produção de colágeno diminui, a pele fica mais fina e deixa transparecer os vasinhos da região dos olhos. - e serão motivos das pessoas perguntarem se você está doente. " Sim, eu me importo ainda - mesmo que sendo infantil - com as pessoas".
Rugas
Também por falta de colágeno, a proteína que dá firmeza à pele, o rosto ganha rugas e marcas de expressão. - sim, minhas fotos ao sorrir demostrarão meus olhos grandes que eram motivos de eolgios aos 20 e hoje me pergunto se o creme que comprei e paguei tão caro está funcioando.
Manchas
Aos 30 anos, o acúmulo da radiação ultravioleta já começa a dar sinal na forma de manchas na pele.- sim,tenho o rosto marcado por muitas delas, um caramelo meio marronzado que me incomoda.
Óvulos
A mulher nasce com 2 milhões de óvulos, mas esse número diminui ano a ano. Se aos 20 anos há 30% de chance de engravidar, aos 30, há 18%. - Graças a Deus - pensei. Mas, sempre quis ter três filhos, um quintal e um marido.
Celulite
As fibras que ligam o músculo à pele começam a endurecer. E a tendência a acumular gordura realça os furinhos criados por essa tração.- PQP. Tenho celulite até no pensamento.
Calvície
A ação progressiva da testosterona atrofia e enfraquece os folículos pilosos, aumentando a tendência de queda. - Não. Aja cabelo platinado a ser domado pela escova mega power da Poli Shop.
Gordura
O ritmo metabólico diminui: a tendência é aumentar o percentual de gordura no corpo e ganhar peso. - 10 kilos a mais depois dos 20 já estão dominando minhas calças 40.
Ressaca
O metabolismo do fígado também fica mais lento, aumentando a intensidade e a duração das ressacas.- Putz, ja fiquei três dias de ressaca. Sei como é.
Testosterona
A diminuição da produção do hormônio testosterona reduz o desejo sexual e aumenta a perda de massa muscular e a fadiga.- Se reduz a testosterona, você pode imaginar o que acontece com a progesterona... Canelas finas e peitos caídos. E melhor nem comentar sobre o desejo sexual.
Lesões
Com menos músculos, há mais lesões. Como os tecidos cartilaginosos perdem elasticidade, a capacidade de recuperação diminui.- Três dias imobilizada pelo skate e mais cinco travada pela lombar. Sem contar o "trac trac" do joelho ao subir escadas.
 
Só que hoje ouvi algo que me fez sorri ao dirigir duas horas de volta do trabalho:
" O lobo só é mau quando a ovelha é mansa."
Eu não sou.
Vem que vem vida.
Pode tentar me engolir que lhe darei uma voadora.
 

 


 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Bipolaridade: quem nunca?

http://www.youtube.com/watch?v=zvCBSSwgtg4 - The Lumineers - Ho Hey
 
 
Deve ter sido ontem na insônia que às 4:30 h acordei. Desci. Li meia dúzia de palavras do trabalho. Não consegui me concentrar. A noite ainda estava tão alta e presente que me deu uma angústia profunda. O DVD sorriu pra mim e eu pra ele. " O lado bom da vida" - Será? - pensei.
Pronto. Cerca de uma hora e uns pouquinhos. Quando terminei ainda não era dia totalmente.
O meu dia depois desse filme - que não vou aqui ser crítica de cinema dizendo isso e aquilo, não é um dos melhores, eu sei. - se transformou. Permaneci pensando em quantas vezes fui ela ou ele. Bipolaridade de sentimentos de extrema alegria e tristeza. De acreditar naquilo que se quer ver e não no que está se estampando na sua cara feito pintura. O fato é que de perto mesmo, quando você conhece o tom de voz e lê os olhos, ninguém é normal. E me pergunto: "O que é normal?" Todo mundo tem seu lado escuro. Que ama e odeia. Conviver com isso é a questão. Um limiar quase que soprado pela sociedade. Uma corda bamba traiçoeira. E termino aqui com a últimas frase do filme:
"A única forma de você conhecer a minha loucura foi fazer algo louco a si mesma".
#goodvibe #goodfeelings
 



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Menina bordada.

Para os poucos e bons, acesse e escute lendo. - nota da autora. By Marcelo Camelo.
 
 
Simples como um chocolate mordido escondido no trânsito. Delicioso quanto um beijo roubado de quem você faria até em 10 vezes sem juros no cartão. Inusitado quanto sorrir na janela do carro para uma criança que acena do carro da frente. "Minha laje hoje tem um jardim de flores e canções, doces e paixões". Jardim rosas vermelhas. De samanbaias, não menos belas, nem que sejam as imaginárias. Quem tem o poder de dizer que não? Só você. Só eu. Canções. Muitas delas. Daquelas de você batucar na própria perna enquanto escuta e mexe involuntariamente a cabeça. Ou canta em voz alta enquanto dirige. Paixões tão pequenas que nem sabia que existiam: cheiro de casa limpa, roupa estendida, lápis de cor novo, de travesseiro dormido por outro alguém. Bordada de flor, eu vou. Levando a vida. De óculos escuros e sorriso largo. De risadas de fazer chorar no trabalho sem querer. De cheiro de orelha de filho. De acordar de insônia às três da manhã e lavar a louça de três dias. De demorar meia hora pra levantar porque brinca e sorri infinitamente ao dar petelecos na orelha do gato. De saber que hoje faço o que amo. Do fundo do coração. Bordada de flor vou espalhando cumplicidade, sinceridade, mente aberta, sem apego. De abraços fartos e felicidade infinita de conhecer muitas e muitas pessoas diferentes por este mundo. Agregando aquilo que há de melhor nelas. Me apegando mais em mim. Na minha singularidade de só poder dizer hoje - até que enfim: "Moça, por favor, cuide muito bem de mim". Moça: a minha vida. Te vi primeiro. Eu me lembro. Era linda, leve. Cheia de inocência. Cheia de vontade de fazer dar certo. Acreditava no amor. E hoje sabe que, pode nem ser daquele de mãos dadas. Pode ser esse por si só que existe. Sou uma pessoa sortuda. Vou cuidar bem de você daqui pra frente. #goodfeeling #goodvive regarão todos os seus momentos daqui pra frente. Encanto? Não. Felicidade. Maturidade até, você , "Moça Vida" pregar a próxima peça. O próximo obstáculo. Mas, livre. Voando - literalemente - por aí. Com algumas poucas e boas histórias pra contar.
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Bora! Ano novo!
Pensar em um ano novo me parece como uma criança que vê o mar pela primeira vez.
Aquela cena linda que a onda bate e ela sorri como se não soubesse o que é ser outra coisa a não ser sorrir e provar a água pra ver se é salgada mesmo.
Me parece uma paixão nova.
Me parece uma descoberta esquisita de algo bom que trás energia que você não sabe de onde vem.
Eu ainda acredito na minha mais infinitude quietude sonhadora que serão mais 365 dias de oportunidades.
E, acredite. Esse ano eu percebi isso.
Nem se passaram dez dias daquele dia. Do dia 31 pra hoje e já li três livros e vi cinco filmes que queria ver.
E já sorri mais vezes que nos últimos três anos não tinha feito.
Limpei armário.
Esvaziei o coração.
Nem fiz promessas.
Só me senti feliz por quem sou e onde estou.
Recebi ótima notícias de meus amigos.
Li um pouco mais sobre Almodóvar. Pra entender o que vejo.
http://www.youtube.com/watch?v=EeNUsrw8qA8