Aos poucos e bons. Sempre.

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domingo, 22 de dezembro de 2013

" As vantagens de ser invisível". Clichê do viés de ter um coração.

Though nothing, will keep us together
We could steal time, just for one day
Personagens fictícios. - nota da autora
Fazia tempo que Ana não sorria. Fazia tempo que as gentilezas não a regava. Estava seca feito uma folha de outono americano. Linda de cor. Seca de tão existente. Já não sabe que nome dar a felicidade quieta e censurada de estar presente naquela cena tão despretenciosa que a vida lhe proporcionou. Simples. Um filme querido, um livro lido.
Mas a cena não era dela.
Foi só um presente de Natal.
Acabou no aeroporto.
Onde tudo começou.
Mas, Ana fez as pazes com a vida.
E só espera que seja assim, nem que seja por pelo menos um dia.
E sorriu.
Prendeu os cabelos curtos.
Ficou orgulhosa de si mesma.
Construiu sem saber o que hoje sabe, apesar de não ter.
Uma vida. Uma família.
E ela foi rainha de seu dia. E desejou, do fundo do coração, nadar feito golfinhos como a música que rega esse texto.
Enganar o tempo já é demais pra eles.
Mas Ana sorriu. Isso é que importa.
 
 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Acalento as mulheres. Menos rivotril e mais amor. Por favor.


Longe de mim ser uma sexista. Longe de mim ser feminista. Queimar sutiã hoje na mesa de bar me parece meio sobreposto a tantas histórias que já ouvi e vivi delas.
Tanto as minhas amigas como eu, estamos longe de sermos revolucionárias já estudadas em livros.
Mas não tem como fechar os olhos e o coração pra tantas terapias anunciadas em encontros de calcinhas.
Os homens estão perdidos. As mulheres decididas.
Eu, sinceramente, ainda não sei onde vai dar esse liquidificador.
Talvez em famílias desfeitas. Em conta matemática ao contrário de: mãe, pai, filhos e cachorro.
Talvez em mulheres sozinhas regadas de " Eu não quero ter filho". Ou " Eu quero viajar".
Quem sabe em afirmações do tipo: " O mundo é bixessual." - e aqueles menos desavisados logo se fixariam em suas poltronas pensando " Não sou gay".
Cada vez mais conheço pessoas (energia emanada pro Universo volta em resposta. Chamaria isso humildimente de Deus, mas isso é texto pra outra oportunidade. Sem religião. Mais transcedência de existir) que vivem na beirada do considerado "normal" para o amor, pra vida e na sociedade como mulher. E carregam uma mochila cheia de provas, comportamentos esperados e medos.
Meninas crescendo profissionalmente, ganhando dinheiro e escondendo celulares por falta de respaldo em dizer: " Fui ali e cheguei tarde assim como você fez tantas vezes" - Leia-se: você (namorado, namorido e marido).
E nessas terapias de calcinha tenho segredos velados de mulheres que são agredidas - fisicamente e emocionalmente.
E isso é quase uma nuvem que acompanha uma mulher decidida.
Uma necessáire com rivotril.
Pra controlar.
Controlar o quê? - eu me pergunto.
Controlar o que se é.
Mulheres capazes de se comportarem como quiserem. Daquelas lindas que vestem um jeans e uma blusa branca desprentecisoamente conversam sobre política e filhos. Ou viagens. Que seja. E, que seus companheiros não se sentem ameaçados pela sua singularidade. De encantar.
Mais amor. Em saber que uma mulher pode se encontrar em seu colo. Desde que você deixe a chuva existir.
Homens perdidos: as deixem chover.
Desde que a gota de ser feminina viva e queira sim, encontrar a frase:
" No seu gosto eu fui chuva no gosto bom de se deixar viver".
Mulheres decididas: respinguem por aí SEM o seu rivotril. Eles têm que entender que rivotril não é amor.
http://www.youtube.com/watch?v=C5Lv1Y9o_uE









segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

As piscianas. Com amor. E com propriedade da palavra.

Mulhereres por si só já se bastam em sua complexidade.
Mas as piscianas são vão um pouco além dessa perspectiva.
Creio que reúnem um pouco de todas lá do horóscopo. Um mosaico intrigante. Quase chato de montar à primeira vista.
" Case-se com um homem de peixes, mas não ame uma mulher pisciana". - Foi o que eu li em uma dessas revistinhas sem vergonha de banca de jornal.
Discordo em partes.
Concordo em outras delas.
Eu desconheço uma mulher de peixes que não seja encantadora. E por possuir uma porção desses exemplares por perto e ser uma, tenho certa propriedade em que escrevo. São dotadas de um sublime sorriso quando querem. Envolvem até o ser mais monótono que esteja na conversa.
Despretenciosamente é isso que elas fazem.
Silenciosamente vão pescando (sem trocadilhos) o que o que mais cativa em cada um.
E de adaptam nesses encantos dos outros.
"Eles são tão diferentes, mas se amam. Ela está feliz".
"Nem sei como são amigos. Eles são tão diferentes. Mas sempre estão juntos. São amigos mesmo".
Não conheço uma mulher de peixes que não soa angelical e em um piscar de olhos se torne o pior pesadelo de ser humano. Pra si e para os outros.
Essa linha fina e quebrável tem um nome: paixão.
Mulheres piscianas são apaixonadas.
Pela vida, pelos amigos, pela casa, pelo seu amor, pelo trabalho, pela cidade, pelos sapatos, pelas roupas,  pelo seu cabelo, pela beleza de qualquer coisa - até as inconsificáveis.
Pelo futuro.
Sonham. Vivem dormindo de olhos abertos andando por aí e sonhando acordadas com o que de bonito pode acontecer ou com o que de bonito já aconteceu.
Não conheço uma mulher de peixes que não saiba conjungar os dois verbos tão distantes entre si e tão próximos quanto só elas saberiam dizer: amor e ódio.
Se bem que ódio, pras piscianas, não existe. É falta de paixão.
Mulheres de peixes não sentem inveja. Respiram o que é de lindo nos outros e tentam agregar na próxima nadada.
Possuem tantas personalidades em si que, por vezes, podem confundir você.
Entretanto, não se engane. Ela é isso mesmo. Vai sorrir e chorar na mesma frase. Só depende de você.
Piscianas não lembrarão de suas brigas. Provavelmente, se lembrarão do que as fizeram sorrir antes disso.
Mas, se o choro a engolir. Esqueça. Não se conserta um coração feminino que nada em águas profundas. Mas, ela perdoa. Sem volta, mas perdoa.
Aliás, nem tente nadar em águas rasas com uma pisciana. Não tente colocar muros e azulejos. Porque ela nada e voa. Ela tem que querer estar ao seu lado.
Em resposta a afirmação que citei e li anteriormente aqui, lhes digo:
"Case-se com um homem de peixes e permita-se ser apaixonado e ter por perto uma uma pisciana clássica".
E faça o coração dela bater por você. - nota da escritora.
http://www.youtube.com/watch?v=cmC3DROrBgo