Aos poucos e bons. Sempre.

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Azul e outras cores.




Dentre alguns vícios adquiridos e aprendidos, o de assistir filme tem estado comigo cada vez mais presente. Lá de madrugada tomando meu drink e sentada no sofá da sala só com a meia luz da tela da TV.
Muito se falou sobre "as meninas do azul".
Antes de selecionar o filme, tenho que confessar que leio sinopse, leio as críticas e gosto de um jornal carioca chamado O Globo que classifica os filmes com uns bonequinhos. Se ele está sentado quer dizer que não vale a pena. Ele pode aplaudir sentado, o que quer dizer que "ok". Ou ele pode aplaudir de pé agradou um burguês crítico. 
Eu não tenho a mínima ideia do que esse tal bonequinho achou desse filme. As críticas da Veja me fazem bocejar porque são escritas de uma forma tão culta, tão cool, que você tem que ser formada em história da arte e entender sobre sociologia avançada.
Enfim.
Fui ver qual era dessas meninas.
Primeiro que esse filme é francês. E qualquer menina francesa já é linda só pelo fato de ser.
Adele é apaixonante pela seu cabelo preso despretenciosamente, pela sua comilança de boca aberta e pela lindeza só por existir.
Sua amada é linda pelos dentes separados, pelo olhar, pelo sorriso de olhos fechados e, claro, por andar por aí de cabelo azul.  Daquelas que dizem tudo sem dizer nada. Só sorri.
Afinal, entendi que o que incomodou mesmo todo o mundo foi o fato de ter cenas de sexo explícito entre duas mulheres - meninas.
E parabéns ao diretor por trazer isso de forma real.
Um casal homem - mulher podem fazer sexo em um filme e perguntarão no máximo se foi feito por dublês. 
A história das duas é a mesma que vivemos em qualquer casal. Seja ele qual for em contrução de gênero, número de participantes e grau de identidade.
Opções, atitudes, carências, medos e receios.
O amor existe de forma plena em qualquer situação.
"Crescemos rápido em pouco tempo" - diz uma fala do filme.
E não?
Tenho aqui o singelo dever de ventilar que:
"Qualquer forma de amor vale a pena. Qualquer forma de amor valerá"
Adele teve seu primeiro amor em uma garota de cabelo azul quando tinha 17 anos.
Com cerca de 22, já tinha vivido o que muitos casais passam 50 anos juntos e não sentem o que ela sentiu em cada lágrima e em cada passo dado.
Aquelas pessoas que foram ao cinema e tiveram vergonha do que foi visto, só tenho a dizer:
O amor existe, seja ele qual for e pra quem.
PS: fiquei sabendo que as atrizes pararam de falar com o diretor porque ele era severo demais nas gravações e "perseguia" demasiadamente com a câmera as meninas.
Seja qual for a sua cor.
Azul, rosa, preto, vermelho.
Minha leitura é:
Faça ser sempre a mais quente - como a tradução equivocada do título do filme.
 
 
 
 
 


segunda-feira, 17 de março de 2014

Presente sem embrulho: Show do Nando Reis


 
 
Eu conheci o Nando Reis verdadeiramente no ano de 2007. E ele de forma sublime - daquela que só a música faz você bater o coração e cantar baixinho -  regou um tempo bom com seus Infernais naquela época. Lembro-me que assisti o show e saí de lá regada de amor e o fogo ardia sem explicação como falava trecho de músicas cantadas naquele dia. A Letra N acompanhou um tempo meu rádio do carro. E estranho mesmo se eu não me apaixonasse por um All Star azul. E acreditei do fundo do meu coração que o mundo é bom como o Sebastião. Vi o Segundo Sol chegar tentando realinhar as órbitas dos planetas. Sem sucesso, mas vi todo o efeito borboleta capaz de um sentimento bom e emanado pro Universo. Depois veio a minha cor, minha cara e me perguntou se o se tinha lugar pra ele - Espadódea. E eu respondi que não sei mesmo se o mundo é bom. Não sei mesmo se esse mundo está são, mas, de fato - como já diria Nando - meu mundo não teria razão se você não existisse. E na véspera de completar 7 anos desde quando me envolvi, cresci e ouvi Nando bem no auge do dia seguinte que seria meu dia, meu aniversário, tive o presente de estar presente em mais um show. Sete anos é um número cabalístico. Se cumprem fases. Se fecham objetivos. Se resolvem - para o bem e/ou para o mal - e ouvimos eu e você sozinhos. O Relicário - lugar destinado a guardar e proteger coisas. Eu não sei o que acontecendo - como a música questiona, mas o mundo está ao contrário e ninguém nos avisou. E chorei por uns segundos atrás do meu óculos e você e ninguém viu. Trocaria a eternidade sempre por esse seu sorriso que quando me abraça me faz sentir exatamente onde deveria estar. Guardando meu amor por você e te amando de Janeiro a Janeiro. Pelo zunido das minhas asas, vou voando por mais um ano e serei a sua chuva pra você secar. Porque ninguém, meu moleque, vai dormir nosso sonho. Porque o quero mesmo de desejo é ficar solto - Bailão do Ruivão, Muito Estranho. Coisas que pareceriam óbvias até para uma criança ainda quando Por Onde Andei diante da eternidade do seu amor. Feliz dia meu e seu. E não quero mais mentir, usar espinhos que só causam dor e nem enxergo mais o inferno que me atraiu. Encontramos um lugar do que eu sou. E de olhos abertos, você me esquenta o sol. Vamos a pé e devagar. Só sei dizer que enquanto você me olha e me acha, eu me digo de presente de aniversário que: " Eu vou cuidar do seu jantar, do céu e do mar e de você e de mim." - Cegos do Castelo. E cuidarei muito bem do nosso jardim. Viva aos 33 anos!